quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Implementação de Sistemas de EAD (Educação à Distância)

As transformações técnico-científicas, econômicas, políticas e sociais determinam às Instituições de Ensino a necessidade permanente de novas tecnologias. O advento do e-learning trás consigo novas formas de organização não apenas do ensino, como também do trabalho dentro das Instituições Acadêmicas. Assim, em um novo cenário as IES buscam novas alternativas para viabilizar a oferta diversificada de seus serviços.
Vários estudos têm identificado que a busca de informações mais utilizadas pelos próprios docentes em seu processo de formação continuada advém de canais e fontes disponíveis em EAD capazes de suprir as necessidades relacionadas à atuação profissional do professor.
Uma das primeiras perguntas que o gestor de uma Instituição de Ensino se faz ao decidir ofertar educação à distância está relacionada ao Sistema. Se mediado pela Internet ou pela transmissão satelitária e seus desdobramentos como alcance, custos, vantagens e desvantagens de cada um dos sistemas.
Entendo que o diferencial não está na parte tecnológica. O sistema de educação à distância mediado pela Internet ou pela transmissão satelitária isoladamente não garantem por si só o sucesso do empreendimento. O mais importante é a forma de execução do projeto pedagógico. Várias Instituições se utilizam hoje de ambos os sistemas na oferta de cursos: tanto a Internet como o sistema mediado pela transmissão via satélite. Um dos casos de utilização dos dois sistemas é encontrado nas Instituições que formam o grupo corporativo da UVB – Universidade Virtual Brasileira. Nos cursos de graduação usa-se a Internet e na pós-graduação usa-se o sistema telepresencial e a Internet.
A grande vantagem do sistema mediado pela Internet é a possibilidade de flexibilidade de horário para acesso. Já a vantagem do sistema mediado pelo satélite é o reforço emocional para o aluno. Muitos discentes entendem que o telepresencial diminui a distância entre os agentes envolvidos.
Acredito que os dois modelos têm pontos positivos e negativos. Tenho certeza que a metodologia empregada (Internet ou Satélite) não gerará mudanças se o professor continuar com a mesma postura que tem nas salas de aula presenciais. Existem registros de uma universidade em SP, que
passou todo o ano de 2004 treinando os professores. Ainda que devidamente instruídos para modificarem a atuação muitas vezes recorriam a práticas dos cursos presenciais. O Professor precisa mudar a atitude e a forma de ensinar. Não adianta ficar diante de uma câmera, como se ele estivesse gravando uma aula ou ministrando uma aula presencial, e isto ser transmitido via satélite para várias localidades. Ele deve se comportar de forma diferente. Os melhores resultados alcançados por instituições pioneiras em EAD são frutos de uma atuação com habilidades, competência e atitudes e não com os referenciais tecnológicos.
Portanto, acredito que todo o recurso hoje associado à Educação a Distância tem que estar mais próximo do professor e do aluno. Em novos ambientes de aprendizagem precisa-se gerarem ambos, a curiosidade pelo uso das novas tecnologias disponíveis, que poderá contribuir com o seu processo de construção da aprendizagem coletiva. Essa curiosidade levará os alunos serem co-construtores (co-gestores) do seu aprendizado ao utilizarem como fonte as milhares de informações e os diversos aparatos tecnológicos. Essa é uma das habilidades que devemos desenvolver no discente de programas em EAD. A busca constante e o desejo incessante do conhecimento e de busca, dando a ele competências de pesquisador.
Um dia o quadro negro e o giz foi substituído pelo quadro branco e canetas especiais, agora, numa visão futurista, projeto uma sala de aula, onde o quadro seja substituído por uma grande tela de cristal liquido ou de plasma, ligado ao computador onde estará todo o material multimídia necessário para que a aula seja uma grande viagem pelo conhecimento, ricamente ilustrada, sedutora e amplamente voltada a inserir os seus usuários no universo da pesquisa constante.
O grande desafio é o da capacitação profissional de docentes capazes de operar com as novas tecnologias, não atuando nos cursos de forma conteudista e sim executando projetos baseados em habilidades, competências e atitudes. O educador tem que assumir o papel de construtor, lapidador de ambientes e metodologias que propicie um aprendizado dinâmico. Seu novo papel será o de estimular a colaboração entre os alunos no processo de aprendizagem do grupo e propiciar a ampliação de redes de relacionamentos de um mesmo foco do conhecimento. Só assim o resultado será satisfatório.
As escolas precisam repensar a forma de investir seus recursos de informática e de TIC (Tecnologias Informação e Comunicação) o modelo de grandes laboratórios de informática estão superados, as TICs devem fazer parte do cotidiano dos alunos e professores como todos os outros equipamentos de uma sala de aula convencional.
O futuro do EAD em ambientes acadêmicos aponta para a formação de alunos em todos os níveis que estejam adaptados as tecnologias, sejam independentes no processo de aprendizado e tenham um desejo intenso de pesquisa aliado à capacidade de gerir o conhecimento adquirido.

3 comentários:

  1. Vamos compartilhar deste blog. Acrescentando as análises acerca deste texto. Um abraço!!!Waleska

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  2. A EAD é uma solução generosa, que bate a porta de casa de (quase) todos. Uma vez que, vem crescendo e ganhando credibilidade nos cursos apresentados pelas instituições de ensino. Acredito que em breve uma grande parte dos cursos de graduação serão realizados via satélite ou via internet.

    Postado por Dourival

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  3. Sim, mas tem um texto que fala sobre isto no AVA, com relação ao futuro da educação!!!

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